Terra em Trânsito 2021 (trailer), direção de Gerald Thomas
Uploader: Ney Motta
Original upload date: Wed, 21 Apr 2021 00:00:00 GMT
Archive date: Sat, 04 Dec 2021 13:14:43 GMT
Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa apresentam Terra em Trânsito 2021.
A situação chave de
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Terra em Trânsito (versão 2021) se mantém a mesma de 15 anos atrás: uma atriz (Fabiana Gugli) enclausurada no camarim com seus delírios, momentos antes de entrar em cena para cantar Liebestod, sua ária em Tristão a Isolda, conversando o tempo todo com um cisne judeu*. Mas para a experiência com a “nova linguagem” teatro-cinema, o autor e diretor Gerald Thomas reformulou a dramaturgia para o novo contexto político, econômico e cultural, realidades diferentes da montagem original. A dramaturgia de Thomas é sempre um desabafo a respeito do que acontece no mundo.
A proposta de Gerald Thomas para a versão teatro-cinema de Terra em Trânsito é transpor o olhar da câmera para o olhar do espelho que encara a protagonista. Neste sentido, é uma filmagem estática, inanimada, porém de forma alguma desprovida de sentido. A esse respeito da opção de Thomas, Leon Barbero, diretor de filmagem e edição, diz que “a delimitação imposta pelos quatro cantos do quadro imprime o tom claustrofóbico da obra e coloca o espectador no papel de julgador. Afinal, o espelho é o julgamento primordial, aquele que nos mostra o que realmente somos.”
* A voz do cisne judeu é do ator Marcos Azevedo.
Sinopse
Uma solista se encontra enclausurada dentro de um camarim em pleno processo de concentração, aquecimento e delírio. Ela conversa o tempo todo com um cisne judeu enquanto o alimenta a com a finalidade de fazer foie gras. Lúdico, verborrágico, alucinado, o texto remete a grandes estrelas atormentadas, como Judy Garland ou Bette Davis. Nervosa, a diva se ajeita no espelho, fala pelos cotovelos, arruma o cabelo, o figurino, aquece a voz, dança e divaga sobre o mundo e a vida. Primeiro sinal! Continua sua maratona desenfreada de preparação. Segundo sinal! Já pronta, tenta abrir a porta. Está trancada. Berra. Esmurra a porta. Chama pelos contra regras. Terceiro sinal! Ouve aplausos. Alguém entrou em cena e começa a cantar Liebestod, sua ária em Tristão a Isolda. Como um fantasma, esquecida dentro do camarim, a ópera continua no palco, sem ela. Algo terrível ainda está por ser descoberto.
Ficha técnica
Direção e Dramaturgia: Gerald Thomas
Atriz: Fabiana Gugli
Ator Convidado - voz do cisne: Marcos Azevedo
Manipulação do cisne e Dublê de corpo: Isabela Carvalho
Sound Design, Operação de Som e Trilha Original: Edson Secco
Cenografia: Isabela Carvalho
Figurino: Fabiana Gugli
Direção de Filmagem e Edição: Leon Barbero
Direção de Fotografia: Luiz Maximiano
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Fotos e Design Gráfico: Victor Hugo Cecatto
Produção Executiva: Fabiana Gugli
Direção de Produção: Isabela Carvalho
Realização: Com Creta Produções